Durante uma semana no Haiti, entre os dias 2 e 9 de abril, o diretor nacional das Pontifícias Obras Missionárias (POM) do Brasil, Camilo Pauletti, conviveu com o povo haitiano e conheceu um pouco das dificuldades, experiências e esperanças daquele país.
“Nosso objetivo foi ir ao encontro da situação do povo e da Igreja do Haiti para manifestarmos nossa preocupação, estabelecer comunhão e marcar presença para conhecer e prestar solidariedade com o espírito missionário”, relatou o diretor.
A “Visita Solidária” aconteceu em parceria com a presidente da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), irmã Márian Ambrósio. Por meio do contato com o povo haitiano, padre Camilo percebeu a realidade do país após o terremoto do dia 12 de janeiro de 2010. Ele disse que conhecer o Haiti foi importante porque possibilitou o despertar do compromisso com a Igreja daquele país. “Como Igreja, conviver com a Igreja do Haiti foi importante porque favoreceu a sintonia, o sentimento de preocupação, de estar envolvido e promover o apoio concreto”, disse.
Nos oito dias no Haiti padre Camilo compreendeu a situação do país e os desafios que o povo ainda tem para superar após o terremoto. Ele relatou a situação de pobreza da população e de infraestrutura que ainda desafiam o país à superação. “Ruínas e escombros são visíveis; a energia funciona em vários lugares, mas de forma precária; as pessoas recordam as perdas das vidas que foram ceifadas e os vestígios de pessoas mutiladas de todas as idades, alguns presentes como mendigos nas ruas”.
O Palácio do Governo, catedral, seminários, igrejas, hotéis, escolas e mercados, continuam destruídos e cerca de 800 mil pessoas ainda vivem em barracas, segundo padre Camilo. O povo, porém, trabalha para se reconstruir aos poucos.
“O povo haitiano não é passivo. Ele trabalha para reerguer sua vida. Vi que a reconstrução vai acontecendo, não acelerada, mas com os meios que existem; há vários projetos de construção de casas populares, sejam de madeira ou de alvenaria, preparadas para não causarem tanto dano se acontecer outros tremores de terra; há também empresas brasileiras reconstruindo estradas, caminhões de areia, de cimento que andam nas ruas, pedreiros colocando blocos, serralherias funcionando, transportes de produtos que chegam do interior para ajudar o povo”, contou.
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