Missionários refletem sobre missões além-fronteiras em situações de risco

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013


Os membros da Sociedade das Missões Estrangeiras (SME) de Québec-Canadá, equipe composta de leigos e sacerdotes que formam comunidade e prestam serviço de evangelização missionária na arquidiocese de Manaus (AM), estiveram em retiro entre os dias 28 de janeiro e 1º de fevereiro, na Casa de Retiros “Vicente Cañas” de Manaus.
 
O encontro teve o objetivo de colaborar com a renovação do espírito dos missionários. O tema proposto “Como sermos missionários além-fronteiras nas situações de risco?”, foi orientado pelo secretário nacional da Pontifícia Obra de São Pedro Apóstolo, padre Sávio Corinaldesi, que considerou a realidade complexa e atual do mundo para enfatizar a relação das pessoas com Jesus Cristo.
 
Um dos pontos de destaque do retiro foi a reflexão sobre a “religião de mercado”, que, segundo o assessor, é marcante na vida cotidiana. “O missionário precisa ter uma percepção clara do consumismo para que o seu trabalho não seja anulado, mas ao contrário, reforçado pela esperança que nos deu e nos dá Jesus Ressuscitado”, disse.
 
“Para o missionário, o que significa servir no mundo influenciado pela força do ‘mercado’, do ‘consumismo’?”, questionou o assessor. Um participante, na ocasião da partilha, resumiu em alguns elementos. “Ser atentos aos fenômenos mundiais conhecendo os ‘jogos’ políticos, econômicos e sociais. Mesmo sendo impossível de conhecer, de saber tudo, mas é importante de ficar atentos e fazer uma constante leitura de conjunto”.
 
E continuou. “Necessita de estudar, de pesquisar e analisar para descobrir o ‘novo’ e também se deixar iluminar pelo Projeto de Deus. Fica sempre o desafio de não se isolar ou trabalhar só pensando que pode mudar o mundo de seu próprio jeito; ao contrário, trabalhar em comunhão. De fato, é acreditar na ‘comunidade’ dos comprometidos para ir ao mundo sofredor - os diversos rostos de ‘pobres’ de nosso cotidiano: as viúvas, os órfãos e estrangeiros de hoje”.
 
Os participantes foram convidados a refletir sobre os dois modos de conceber a religião: daquilo que nós fazemos por Deus - religião vista como dever, obrigação que se torna triste, mesquinha e pobre; a religião das coisas que Deus faz por nós - religião de Magnificat, do Glória, do Credo, do Benedictus e da Eucaristia.
 
O retiro terminou com uma reflexão sobre a Igreja - o corpo de Cristo. Padre Sávio deixou duas perguntas para aprofundar o espírito de convívio: Como descobrir o Messias em cada pessoa de meu convívio (do meu grupo de vida); e o que eu preciso fazer para ser o Messias para as pessoas do meu convívio?

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