Missão: jovens portugueses partem para Sobral, Ceará

quinta-feira, 5 de julho de 2012


Entre as intenções de oração do Papa neste mês de julho estão os missionários cristãos. Ao mesmo tempo, a Fundação Fé e Cooperação (FEC), organismo ligado à Conferência Espiscopal Portuguesa, divulgava novos dados sobre o número dos voluntários que saem de Portugal em missão em outros países, entre os quais, o Brasil. Do total de 1096 voluntários portugueses e estrangeiros que partirão em missão, 25 irão ao Brasil.

Tiago Veiga, 26 anos, faz parte da Associação Universitária Gastagus. Durante todo o ano ela realiza voluntariado em Portugal e, durante o verão na Europa, envia seus voluntários em missões de curta duração principalmente para a África, Ásia e América do Sul.

Esta será a segunda vez que Tiago irá ao Brasil, sempre para o nordeste. Desta vez, a missão vai se concentrar em Sobral (CE), na Paróquia do Coração de Jesus, cujo pároco é Pe. Francisco Alves Magalhães.

“Vamos trabalhar principalmente com jovens da paróquia do Padre Magalhães e vamos tentar, acima de tudo, ações na área para a educação do desenvolvimento. Ou seja, vamos tentar desenvolver atividades para os jovens – e não só – mas também para as famílias para que possam dar continuidade aos nossos trabalhos durante o resto do ano. Mas, sobretudo, vamos tentar dinamizar um pouco mais aquelas áreas que podemos dar o nosso contributo”.

Antes de saírem de Portugal, os jovens voluntários recebem uma preparação inicial.

“Isso é uma condição fundamental na nossa associação, que todos os voluntários que partem em missão durante o mês de agosto, tem que passar por uma formação no ano que antecede a partida. Portanto, nós temos formações em áreas como as desigualdades e objetivos de desenvolvimento do milênio. Entendemos que a formação é uma base muito importante para o sucesso das nossas missões”.

Tiago Veiga, formado em engenharia, deve levar seus conhecimentos à comunidade de Sobral. Contudo, lembra bem qual foi a principal impressão que teve do Brasil quando lá chegara pela primeira vez.

“Foi a desigualdade. Mesmo apesar de já termos uma noção do que é a realidade brasileira aqui em Portugal, ao chegar em Fortaleza nota-se que é uma cidade que tem partes muito ricas e outras muito pobres. Contudo, por outro lado, quando começamos a conhecer a população local e a trabalhar com ela, marca-nos muito aquela alegria que eles têm de viver e que a nós próprios nos ensina muita coisa sobre o nosso modo de estar e o nosso modo de ser, a nossa vida pessoal”.

A prática do voluntariado é muito incentivada em Portugal, algo do qual Tiago sabe bem o valor.

“O meu apelo é que todos os que estejam a pensar, ou mesmo que não estejam, ponderem um pouco a fazer este tipo de missões e que tentem dar o melhor deles para mudar o mundo. Há uma frase de Gandhi que é quase um lema de nossa associação e diz: ‘sede a diferença que queres viver no mundo’. Então, este é o apelo que eu deixo a todas as pessoas”.

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