Parabéns Pontifícias Obras Missionárias

quinta-feira, 3 de maio de 2012


“Nós somos católicos e devemos fundar uma obra católica, isto é universal. Não devemos ajudar esta ou aquela missão, mas todas as missões do mundo”. Foi com estas palavras que, no dia 3 de maio de 1822, foi declarada a origem carismática das Obras Missionárias Pontifícias, em Lyon, França. Naquele dia estavam reunidos diversos grupos missionários.

A história das Obras é curiosa. Não foi uma iniciativa planejada em conjunto, mas nasceram cada uma espontaneamente do Povo de Deus, como iniciativas apostólicas particulares de leigos e assumidas como próprias pelas diversas Igrejas. Pouco a pouco conquistaram caráter supranacional e finalmente foram reconhecidas como Pontifícias e colocadas em relação direta com a Santa Sé.

As Obras Missionárias (Propagação da Fé, São Pedro Apóstolo, Santa Infância) foram reconhecidas Pontifícias após terem criadas sólidas raízes e adquirido caráter internacional. Este reconhecimento foi dado em 3 de maio de 1922, com Motu Proprio Romanorum Pontificum do papa Pio XI. A União Missionária do Clero, por sua vez, só tornou-se Pontifícia com Decreto de Pio XII, em 28 de outubro de 1956.

Após o Concílio Vaticano II exigiu-se das Obras Missionárias Pontifícias a redefinição do seu próprio lugar, a redescoberta do protagonismo missionário das Igrejas particulares e a afirmação de novos agentes missionários.

Em mensagem ao dia de hoje, o secretário nacional da Infância e Adolescência Missionária (IAM), padre André Luiz de Negreiros, falou sobre a razão e importância da IAM para a Igreja. “Nossa Obra ajuda o papa a promover ao longo da história da Igreja  o protagonismo missionário das crianças e adolescentes de nossas comunidades para que cresçam tendo um coração universal que abrace todo o mundo, com oração, o sacrifício material e a entrega nos serviços missionários propagando o Reino de Deus”, disse. Padre André lembra ainda que no dia de hoje, 3 de maio de 2010, morreu o padre Edson Assunção Santos Ribeiro, ex-secretário nacional da IAM. O sacerdote faleceu tristemente num acidente de carro, quando vinha de Araguaiana a Barra do Garças, em Mato Grosso.

“As Obras Missionárias Pontifícias adequaram-se à necessidade, sentida por todo o contexto missionário, de repropor formas credíveis de animação e cooperação missionária, no interior de novos horizontes amadurecidos, com a queda das velhas ideologias e o aparecimento do fenômeno da globalização”, declara o Estatuto das Pontifícias Obras Missionárias (POM).

AS POM ocupam papel importante na Igreja como instituições eclesiais confiadas à direção da Congregação para a Evangelização dos Povos. Destaca ainda o seu Estatuto. “Estas Obras ocupam justamente o ‘primeiro lugar’ na cooperação missionária, porque constituem um instrumento precioso, ‘quer para infundir nos católicos, desde a mais tenra idade, um espírito verdadeiro universal e missionário, quer para promover uma adequada coleta de apoios em prol de todas as missões e conforme as necessidades de cada uma”.

O papel das Pontifícias Obras Missionárias

Dispor o sumo pontífice, o papa Bento XVI, chefe do Colégio dos Bispos, princípio e sinal da unidade e da universalidade da Igreja. A ele compete aletar os outros pastores para a sua responsabilidade missionária universal e convidá-los a participar num esforço comum e junto com ele para a evangelização do mundo.

As Obras Missionárias são confiadas pelo papa à Congregação para a Evangelização dos Povos. Seguem suas orientações e, em níveis diferentes  de responsabilidade, desenvolvem uma programação e uma colaboração em vista ao ministério da evangelização universal. Mas as Obras não são apenas do papa, pertencem ao episcopado, ao Povo de Deus e têm raízes na vida das Igrejas particulares.

O objetivo das Pontifícias Obras Missionárias é apoiar a evangelização propriamente dita sem excluir, porém, o apoio nos campos da promoção humana e do desenvolvimento, colaborando com entidades e associações católicas de assistência social e sanitária. Elas retêm que o melhor serviço ao irmão é a evangelização, que o predispõe a realizar-se como filho de Deus, o liberta das injustiças e o promove integralmente.

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