Com uma celebração presidida pelo bispo de Ponta Grossa (PR), presidente da Comissão Episcopal para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial da CNBB e do Conselho Missionário Nacional (Comina), dom Sérgio Braschi, concluiu-se, na sexta-feira, 25, no Centro Cultural Missionário (ccm) de Brasília, a 107ª edição do Curso do Cenfi (Centro de Formação Intercultural) de iniciação à missão no Brasil para missionárias e missionários que vêm do exterior.
Participaram do Curso 26 missionários de 14 países: Índia, Coréia, Bangladesh, Filipinas, Vietnam, República Democrática do Congo, Costa do Marfim, Quênia, Nigéria, Haiti, Itália, Estados Unidos, Polônia, Timor Leste. Durante 90 dias, tiveram a oportunidade de aprender a língua portuguesa, fazer um estágio em casa de família, celebrar a Semana Santa junto às comunidades da arquidiocese de Brasília, aprofundar aspectos da história, cultura, sociedade e caminhada da Igreja no Brasil, e viver uma rica experiência de vida em comum entre culturas diferentes.
Em sua avaliação, as missionárias e os missionários não deixaram de ressaltar o profundo significado que teve o Cenfi como proposta de iniciação e de primeira aculturação à missão no Brasil. A missionária leiga Sirikit, da Índia, disse que “o curso foi como um berço para nós, onde aprendemos nossos primeiros passos e nossas primeiras palavras em português”. Irmã Pedrinha da Coréia acrescentou que “ao chegar ao Brasil éramos como crianças, mas agora estamos caminhando com nossas pernas, com a ajuda das pessoas que trabalham no CCM”.
Para o padre Francisco, da Índia, “a experiência da semana vivida nas famílias foi muito significativa, pois elas receberam-nos com muito carinho. Pudemos saborear a vida no lar, com vizinhos e paróquias; rezamos junto com as comunidades; tivemos a possibilidade de continuar mantendo contato com eles. Com o auxílio da família praticamos o português e conhecemos ainda mais a cultura brasileira”.
Por sua vez, padre Augustin, da República Democrática do Congo, afirma que “o curso do Cenfi realmente valeu a pena e atendeu nossas expectativas. Hoje somos capazes de entender a língua portuguesa e compreender um pouco o contexto cultural, histórico e religioso do Brasil. Gostamos das várias atividades oferecidas pelo CCM para facilitar esse processo, as aulas, as palestras, a vivência com as famílias e o contato com outros missionários na casa”.
Enfim, irmã Chiara, da Itália, salientou que “a convivência foi uma ótima experiência. Durante esse tempo de dedicação, não nos esquecemos de nossa identidade, mas pudemos viver diversas realidades e suas influências. Isso nos ajuda a abrir os olhos à diversidade”.
O diretor do CCM, padre Estêvão Raschietti, só tem palavras de agradecimentos a esses missionários e missionárias que “souberam com muita maturidade, paciência e excelentes relações entre eles, realizar um processo muito bem sucedido de aculturação, mergulhando no mundo sócio-cultural do Brasil e na caminhada da Igreja, partilhando as riquezas de sua identidade cristã e cultural”.
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