Somália vive a pior crise dos últimos 60 anos

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

A crise na Somália, que já matou 30 mil crianças de fome já é considerada a pior dos últimos 60 anos. De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), já são cerca de 13 milhões de pessoas afetadas, das quais 3 milhões e 700 mil com necessidades imediatas de alimentos.
Os dados revelam que a crise é provocada principalmente pela fome, conflitos e alta dos preços dos alimentos. Os membros da FAO se reuniram, na semana passada, em Roma, para definir estratégias de apoio à população, afetada também pela seca, com um programa urgente e com um duplo objetivo: evitar uma catástrofe humanitária e garantir a segurança alimentar a longo prazo na região.

Segundo o site da Organização das Nações Unidas, no sul da Somália, há 2 milhões e 800 mil desnutridos, dos quais 1 milhão e 250 mil são crianças. Em áreas rurais, até 20 a cada 10 mil crianças de até cinco anos morrem diariamente e o índice de desnutrição infantil aguda chega a 50%. Dezenas de milhares de pessoas morreram e mais vidas continuam em risco.

Ação da Cáritas

Na próxima semana será anunciado pela Rede Internacional da Caritas o plano de operação para ajuda ao Chifre da África (região nordeste do continente que compreende países como Somália, Etiópia, Uganda, Quênia e outros), atingido pela seca e fome. A primeira ação de emergência, que já começou e vai até o próximo dia 30 de setembro, custará 20 milhões de euros e levará auxílio a pelo menos 300 mil pessoas.  Além da Somália, o plano de ação da Cáritas também está em curso no Gibuti, no Quênia, na Etiópia e na Eritreia.

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