A Romaria dos Mártires, que aconteceu no fim de semana, dias 16 e 17, reuniu pessoas de várias partes do Brasil e do exterior, em Ribeirão Cascalheira, prelazia de São Félix do Araguaia (MT). O evento latino-americano, este ano, refletiu o tema “Testemunhas do Reino”.
Este ano, a caminhada de 3 quilômetros com destino ao Santuário dos Mártires, lembrou os 40 anos da prelazia de São Félix e os 35 anos do assassinato do padre João Bosco Burnier. De acordo com o diretor nacional das Pontifícias Obras Missionárias (POM), padre Camilo Pauletti, ao longo da caminhada, foram lembrados os mártires que tombaram lutando pela vida, pela terra pelas causas dos indígenas, dos negros, dos pequenos agricultores, operários e pobres. Ele deu ainda seu testemunho sobre o evento.
“Realmente posso testemunhar o grande valor de um momento como este da romaria, sentindo força e esperança da nossa Igreja comprometida com a causa de Jesus Cristo. Este clima de gratuidade, partilha e solidariedade, favorecem a vivência de um verdadeiro espírito missionário. Assim bendizemos a Deus por este bonito acontecimento”, disse padre Camilo.
Todo o evento, segundo padre Camilo, foi conduzido com cantos, orações e reflexões à luz de velas, da lua cheia brilhando e a Palavra de Deus presente. No domingo, 17, após o descanso nas escolas, casas e centro comunitário, houve partilha do café e em seguida no Santuário, a celebração dos Mártires, presidida pelo bispo prelado de São Félix e secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Leonardo Ulrich Steiner. Estiveram presentes ainda, o bispo de Goiás (GO), dom Eugênio Rixen; e o bispo emérito de São Félix, dom Pedro Casaldáliga; além de padres, religiosos, lideranças indígenas, quilombolas, representantes de várias entidades e comunidades e o povo da prelazia de São Félix do Araguaia.
Momento de alegria e dança na Romaria dos Mártires
No final da Celebração, dom Pedro Casaldáliga, deixou sua mensagem aos romeiros: “Não nos esqueçamos dos pobres, nem o sangue dos mártires; não percamos a esperança”, sublinhou dom Casaldáliga, que lembrou que esta deverá ser sua última participação numa Romaria dos mártires. Pediu ainda a multiplicação do evento, pois, segundo o prelado, “as romarias são sinais de esperança e libertação no Cristo Ressuscitado com nosso povo”.
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