“Nova Evangelização” está na centralidade das Diretrizes para o 13º Sínodo dos Bispos de 2012

segunda-feira, 20 de junho de 2011


Secretário geral do Sínodo dos Bispos, dom Nikola Eterovic
A Santa Sé apresentou as Diretrizes para a 13ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos que vai acontecer em outubro de 2012, no Vaticano. As linhas gerais que nortearão as discussões foram apresentadas pelo arcebispo e secretário geral do Sínodo dos Bispos, que também assina o prefácio do documento, dom Nikola Eterovic.

O texto tem pouco mais de 60 páginas. Está divido em três capítulos que tratam da urgência de uma Nova Evangelização, do dever e dos desafios de evangelizar, e dos possíveis cenários da Nova Evangelização do cristianismo moderno.

O foco central, porém, definido por Bento XVI, é o conceito da Nova Evangelização e os desafios da Igreja diante das mudanças pelas quais o mundo está se transformando cada vez mais em um planeta globalizado, conectado. Grandes distâncias encurtadas com um simples clique. Ao mesmo tempo em que as fronteiras físicas parecem cada vez mais existir só nos mapas, o mundo se depara com uma crescente falta de perspectivas.

Nas diretrizes apresentadas, a Igreja parece ter se antecipado à revolução tecnológica. Nas linhas gerais da Nova Evangelização para a Transmissão da Fé Cristã, há uma citação dita pela primeira vez há quarenta anos, no Concílio do Vaticano II: “A humanidade vive um período novo da sua história, caracterizado por profundas mudanças e rápidas transformações que progressivamente se estendem para todo o universo”.

O termo Nova Evangelização, destaca o texto, foi introduzido pelo beato João Paulo II, em 1979, durante a visita apostólica à Polônia. Dois anos mais tarde, João Paulo II resumiria o conceito como “sinônimo de renascimento espiritual da vida de fé das igrejas locais, início de percursos de discernimento das mudanças que afetam a vida cristã nos diferentes contextos culturais e sociais, releitura da memória da fé, assunção de novas responsabilidades e novas energias em vista de uma proclamação alegre e contagiante do Evangelho de Jesus Cristo”.
Por fim, o documento destaca que a Mãe de Cristo é invocada como a estrela da Nova Evangelização e, para comunicar essa Nova Evangelização, cabe a pergunta do apóstolo Paulo. “Como acreditarão (…) se ninguém o anuncia?”

“Nova Evangelização, outro nome para Missão Continental”
A afirmação é do bispo prelado de Tefé (AM) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Missionária e Cooperação Intereclesial da CNBB, no período 2003-2011, dom Sérgio Castriani. De acordo com ele, Nova Evangelização é a Missão Continental no Brasil. Trata-se de missão que busca novos métodos e novos espaços para a evangelização.

É outro nome de Missão Continental e uma visão mais ampla da Igreja toda. Para nós um e outro coincidem porque a Missão Continental quer uma nova evangelização, uma renovação da evangelização que não é repetição, mas requer novos métodos, novo ardor.  Um papel importante da Nova Evangelização é o diálogo com aqueles que não acreditam, no novo areópago; o diálogo nas universidades, com o mundo da comunicação, da cultura. E Nova Evangelização é a Missão Continental no Brasil”, disse.


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