Foi a vez de o Maranhão acolher o Encontro Estadual de Formação da Juventude Missionária (JM). Nos dias 17 a 19, o município de Bacabal sediou o evento no Centro Franciscano de Animação Missionária (Cefram) que contou com a participação 60 jovens, de cinco das 12 dioceses do Regional (Bacabal, São Luís, Brejo, Coroatá e Grajaú).
O objetivo do Encontro foi levar a Pontifícia Obra Propagação da Fé e Juventude Missionária ao conhecimento dos jovens, bem como articular sua implantação onde não há. O encontro foi assessorado pelo secretário nacional da Obra, padre Marcelo Gualberto.
“Os jovens do Maranhão estão animados. A JM no estado tem crescido muito, o que é um bom sinal. Uma coisa que pude perceber é que os jovens estão começando a criar esse sentido de universalidade missionária, pois eles têm consciência de que os grupos não devem ficar fechados em si, mas que deve ser voltado para o outro. Trata-se de um carisma próprio das Pontifícias Obras Missionárias está de fato se fixando naqueles que estão começando e é muito bom porque também é uma identidade, um carisma da JM”, destacou padre Gualberto.
Concorda com o secretário da JM, o jovem Paulo Renato, da diocese de Brejo. De acordo com ele, o carisma da Juventude Missionária tem por objetivo vivenciar a fé com os outros de maneira partilhada. "Atraiu-me na Juventude Missionária a abertura. Não é um grupo que se fecha em si, mas por meio dos outros vivencia o sentido universal, se alimenta e se torna uma fé vivenciada junto aos outros”, testemunhou o jovem.
O bispo de Bacabal, dom Armando Martin Gutierrez, acolhe a proposta da JM como atual e atraente para a juventude da atualidade. “É uma proposta bem concreta e atual para os jovens de nossa Igreja, hoje, principalmente no atual contexto da América Latina que procura vivenciar a Missão Continental”, sublinhou o bispo. Para ele, o descompromisso da juventude em viver mais o Evangelho e os ensinamentos de Cristo é em partes culpa da própria Igreja que não despertou em sua totalidade para projetos atraentes à juventude hoje.
“Os jovens ficam um pouco perdidos, mas é culpa nossa também que não temos proposta atraente e a JM vem dar uma resposta muito importante e atual”, disse. No Maranhão, ressaltou dom Armando, a Igreja está preocupada com o despertar da dimensão missionária. “Esses encontros, sobretudo da JM vem reforçar e animar esse desejo de viver o estado permanente de missão, sobretudo porque a juventude é a área mais carente para ser suscitada nesse sentido”. Há ainda, segundo ele, “uma discreta participação, mas temos melhorado com outras atividades missionárias como: Santas Missões Populares (SMP), Conselhos Missionários Regionais (Comires), e a observação da realidade da juventude que é muito carente”, concluiu o bispo de Bacabal.
Ainda no encontro houve bate-papo com os jovens, momento para que as dioceses se reunissem e se articularem para a agenda e encontros de fortalecimento da JM no Maranhão. Um arraial também organizado pelo Centro Franciscano Missionário possibilitou maior interação entre os participantes, bem como a partilha da cultura maranhense.
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