Presidente da Dimensão Missionária da CNBB nos últimos oito anos avalia trabalho e aponta caminhos para o futuro

sábado, 14 de maio de 2011

O presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) nos últimos oito anos, dom Sérgio Castriani, fez uma avaliação dos trabalhos desenvolvidos pela Comissão nos últimos oito anos. Ele elencou alguns desses trabalhos.

“Eu acredito que nós tivemos momentos de animação missionária muito importantes. Nesses oito anos, dois mandatos consecutivos, foram feitos dois Congressos Missionários Nacionais; o primeiro em Belo Horizonte (MG), o segundo em Aparecida (SP). Participamos de dois Congressos Missionários Latino-americanos e uma infinidade de Congressos Missionários locais”.

A animação missionária junto com as Pontifícias Obras Missionárias (POM) foi outro trabalho que deu certo, segundo o bispo. “Conseguimos em alguns lugares o fortalecimento de algumas comunidades locais regionais; infelizmente não todos, mas penso que a nível de animação missionária trabalhamos muito com as Pontifícias Obras Missionárias e o mês de outubro deu um salto de qualidade. As campanhas missionárias com todo o seu material avançou muito”, enumerou.

Dom Sérgio também falou dos projetos missionários desenvolvidos nos últimos que continua no Haiti. “Demos continuidade ao projeto missionário no Timor Leste da CNBB. Tivemos o Projeto Missionário da Guiné Bissau. Temos agora o projeto Missionário do Haiti. Continuamos também com a caminhada do Centro Cultural Missionário (CCM) na formação dos missionários que chegam e dos missionários que partem”.
O trabalho missionário avançou também, segundo dom Castriani, junto à imprensa missionária, ao Conselho Indigenista Missionário (CIMI) com a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) e através da coleta anual feita pelas Pontifícias Obras Missionárias (POM). Ele comentou que a dimensão missionária da Igreja avançou, sobretudo, no despertar da consciência missionária. “A Pastoral dos Brasileiros no Exterior (PBE), as Santas Missões Populares (SMP) que foram acontecendo no país inteiro, e hoje, sobretudo depois de oito anos e depois da V Conferência Episcopal Latino Americana em Aparecida, a missão é falada, faz parte da vida da Igreja. Acredito que a Igreja no Brasil tem uma consciência missionária maior do que tinha há oito anos”.

Esperança nos próximos anos

Para os próximos anos, dom Sérgio Castriani disse que espera “continuidade porque estamos no caminho, mas eu penso que se nós conseguirmos fortalecer mais as Comissões Missionárias Regionais será bem melhor”, torceu o bispo. Dom Castriani apontou que é um longo caminho a percorrer nesse sentido, mas ressaltou que, que tanto pelas Pontifícias Obras Missionárias como pela assessoria da Comissão Missionária, é preciso fortalecer as Comissões Missionárias Regionais e as Comissões Missionárias Paroquiais.

“É na base que se faz a animação. Isso é uma coisa importante que avançamos pouco, gostaríamos de ter avançado mais e espero que tenham grandes avanços nos próximos anos”, comentou. Outro espaço que merece atenção segundo o bispo, é a Pastoral dos Brasileiros no Exterior. “Acho que temos que nos abrir mais, falar mais sobre isso”. Ele apontou ainda para a necessidade da cooperação intereclesial. “Nós temos hoje em todo o mundo cristãos sendo mortos; temos uma Igreja perseguida; populações inteiras que partilham a mesma fé conosco perdendo a vida no Sudão, no Afeganistão, no Oriente Médio. São países onde a Igreja sofre e é perseguida. Há bispos e padres assassinados, povo massacrado. E nós não falamos muito nisso. Nem sabemos que isto está acontecendo. Muito menos somos solidários”, frisou dom Castriani.

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